O levantamento topográfico consiste na representação da superfície – planimétrica e/ou altimétrica – em carta ou em planta de pontos notáveis ou acidentes geográficos, bem como outros pormenores de relevo, vegetativos ou construtivos, através de medições georreferenciadas e de grande precisão, com recurso a diversos equipamentos tais como: Estações Totais Óticas (manuais ou robóticas, GNSS (vulgarmente denominados por GPS), Laser Scanner´s 3D, UAV/Drones, entre outros sensores, utensílios e softwares de cálculo, ajustamento, desenho ou modelação 3D ou BIM.
São habitualmente realizadas por um profissional da área das ciências geográficas e é um elemento fundamental, que está presente nas diversas fases de um projeto, seja na fase inicial como base para o estudo do projeto vindouro, seja na execução, na verificação, na fiscalização da obra e na representação da tela final do projeto concluído.
A escalas utilizadas variam em função do pormenor pretendido, que habitualmente vão desde a escala 1/200, 1/500, 1/1000, 1/2000, 1/5000 e muito esporadicamente a escala 1/10000. A partir desta última escala já entramos no campo da Cartografia, para representações de âmbito regional ou nacional.
Existem três tipos de levantamentos topográficos:
– Planimétrico – levantamento de medidas num plano: X,Y;
– Altimétrico – quando acrescentadas as cotas da vertical do lugar: Z;
– Plani-altimétrico – união dos dois tipos anteriores, permite um mapeamento mais completo com informação tridimensional.
O que contém, habitualmente, um levantamento topográfico?
– Coordenadas geográficas ou geodésicas são de caráter curvilíneo e por isso são dados em grau, minuto e segundo, conhecidas como latitude e longitude ou coordenadas planas são as que são projetadas do meio curvo (elipsoide) para o plano cartográfico escolhido em função do local da superfície terrestre e objetivo;
– Indicação do norte cartográfico e/ou geográfico;
– Limites de terreno (muros, vedações, marcos de propriedade, etc.);
– Cotas altimétricas e curvas de nível que demonstram o relevo/morfologia do terreno;
– Localização de construções e respetivas cotas de soleira, beirados e cumieira;
– Localização de infraestruturas (água, saneamento, pluviais, eletricidade, telefones, gás, etc.) e respetivas cotas de soleira;
– Localização de acessos (estradas, caminhos, trilhos, etc.);
– Localização de elementos de âmbito paisagista e principais espécies arbóreas (em especial se forem espécies protegidas).